sábado, 12 de dezembro de 2009

Mestre Vitalino visto por Pierre Verger


(12 de dezembro,2009)

Pego uma caroninha na matéria de Suzana Velasco no Segundo Caderno de O GLOBO,página 10 : a partir de amanhã, domingo,o Museu Casa do Pontal no Recreio dos Bandeirantes (Estrada do Pontal.3295 Rio,RJ)exibirá 81 fotografias de Mestre Vitalino feitas pelo fotógrafo francês Pierre Verger (f)
A seguir,após os dados sobre ele que tanto amou o Brasil, um bis na postagem sobre o artesão pernambucano que transformou barro em arte.
Mestre Vitalino teria completado 100 anos em 2009
Pierre Edouard Leopold Verger (Paris, 4 de novembro de 1902 — Salvador, 11 de fevereiro de 1996) foi um fotógrafo e etnólogo autodidata franco-brasileiro. Assumiu o nome religioso Fatumbi.
Era também babalawo (sacerdote Yoruba) que dedicou a maior parte de sua vida ao estudo da diáspora africana - o comércio de escravo, as religiões afro-derivadas do novo mundo, e os fluxos culturais e econômicos resultando de e para a África.
Após a idade de 30 anos, depois de perder a família, Pierre Verger levou a carreira de fotógrafo jornalístico. A fotografia em preto e branco era sua especialidade. Usava uma máquina Rolleiflex que hoje se encontra na Fundação Pierre Verger.(Fonte :Wikipedia -Portugal)
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Centenário de nascimento de Mestre Vitalino
(fevereiro,2009)

O Gênio do Alto do Moura
Vitalino Pereira da Silva nasceu no Alto do Moura, vila próxima a Caruaru(PE) em 10 de Julho de 1909.
Aos seis anos, enquanto observava a mãe louceira (nome dado à mulher que fabricava artesanalmente objetos de barro), começou ele mesmo a utilizar as sobras do material para fazer pequenos animais: bodes, cavalinhos e bois que chamava de “loiça de brincadeira”.
Aperfeiçoando o trabalho pela repetição dos motivos, passou da “loiça” para a técnica figurativa a partir da peça “Caçador de Onça” logo vendida na Feira de Caruaru : um gato marajá assustado, sendo acuado pelo cachorro e o caçador apontando para a cena. Suas peças de massapê registravam o cotidiano do sertanejo: a Vaquejada, o Vaqueiro que virou cachorro, o Cortejo Nupcial, Enterro na Rede, Enterro no carro de Boi, Lampião a pé, Lampião e Maria Bonita.
Um retrato sociológico do sertão foi construído a partir da representação da “família solidária”: o agricultor voltando da roça com a família, os Retirantes e a casa de farinha.
A vida urbana teve seu registro nas figuras profissionais do dentista, do advogado, da costureira, do padre e do fotógrafo. Vitalino ceramista, já usando produtos industriais na pintura de seus bonecos, começou a assinar com lápis passando, depois, a utilizar o carimbo com as iniciais VPS - sua marca registrada. Revelado para o resto do país pelo artista plástico Augusto Rodrigues, teve sua obra apresentada pela primeira vez no Rio de Janeiro em 1945.
Expôs em Brasília e São Paulo. Vitimado pela varíola, morreu no dia 20 de janeiro de 1963, sem que seu talento fosse devidamente reconhecido, apesar das medalhas e prêmios que recebeu.
Deixou como herança 118 peças e a inspiração constante para cerca de 400 artesãos que se espalham nas ruas do Alto do Moura.
Após sua morte foi inaugurada a Casa Museu Mestre Vitalino, no local em que viveu e exerceu sua criatividade.
Os trabalhos são cada vez mais valorizados, especialmente os da 1a fase, aqueles em que os olhos dos bonecos não são pintados e, sim, vazados. Filhos, netos e bisnetos dão continuidade à sua obra. Mestre Vitalino foi, também, dotado com grande talento musical. Tocava pífano e zabumba, tendo montado aos 15 anos uma banda - a Zabumba Vitalino.
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